quinta-feira, 5 de junho de 2008

Adeus da morte

Num dia belo, já há muito tempo.
Eu e um dos meus melhores amigos, Luís, estavamos à beira da nossa morte. Já eramos muito velhotes.Vivemos uma bela vida, em Portugal.Tivemos imensos aventuras juntos.
Mais uma estávamos prestes a viver.
Com três dias passados, morremos.Pois estávamos tão doentes, tão doentes que acábamos por morrer.
Morremos com as lágrimas das pessoas que nos amaram.Tanta lágrima que caíu.A 25 de Março de 1963 deixamos a vida, porém partimos para outra.
Qualquer coisa de estranho aconteceu.Parecia que o nosso corpo se estava a evaporar.Estava mesmo.De repente estávamos no céu.Ao lado de Deus.Nunca tínhamos visto tal coisa.Tudo tão limpinho, que nem um paraíso.
Todos nos acolheram bem.Parecia um hotel de cinco estrelas.
Deus disse-nos que quando voltássemos à vida, nao nos íamos lembrar de uma única coisa.
Quando de repente acordei com o meu coração a bater a uma velocidade tremenda.Tinha tido um pesadelo, no céu.Pensava que no céu não se tinha pesadelos, mas pelos vistos também se tem.
Mais um dia passou, quando bem de manhãzinha fui pescar para o rio.Pela primeira vez consegui pescar.Descobri que no céu tudo se consegue, mesmo aquilo que nunca conseguimos fazer.
Já na hora de almoçar comí um peixe frito com batata cozida.Estava delicioso.
Foi o primeiro e último que nós comemos no céu.
Pois, naquela noi te acordei na minha cama na vida real.
O mais incrível é que não nos lembravamos de nada.
Tive sorte que escreví este diário.
Foi uma bela viagem no tempo.


Fim

1 comentário:

Vera disse...

Esse texto está muito bem!
Parabéns Diogo.